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O trabalho de catalogação previa dois desenvolvimentos distintos e concomitantes. O primeiro considerou a coleta de informações sobre os 50 azulejos elencados para os processos de virtualização, a serem inclusos neste site.

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Na Escadaria Selarón a diversidade cerâmica faz do espaço um lugar de grande aprendizado cultural. Entretanto, importa esclarecer que não se pode identificar autenticidade, origem ou mesmo data de fabricação dos revestimentos que ali estão integrados, somente por análise visual, sem a baliza de um processo investigativo minucioso e individualizado. Por essa razão não fazemos afirmações nesse sentido e enfatizamos, apenas, que os exemplares em questão remetem aos azulejos de séculos anteriores, devido à semelhança visual com os revestimentos originais antigos. Essa conduta evita falsas atribuições e outros erros, que acabariam comprometendo a credibilidade do trabalho.

O projeto Escadaria do Selarón: Pedaço(s) do Mundo se propôs a destacar, nesse conjunto multicolorido, 50 azulejos capazes de representar os variados aspectos dessa arte técnica e, entre quase 6 mil peças, uma triagem tão difícil só poderia ser feita com a colaboração de quem entende do assunto. Sem dúvidas, nesse campo, a arquiteta Dora Monteiro e Silva de Alcântara e o artista plástico Fábio Carvalho são autoridades. A professora Dora, autora de livros que abordam a azulejaria, tem uma vida inteira de pesquisa sobre o tema. Sua escolha buscou realçar exemplares que remetem aos revestimentos produzidos nas antigas fábricas europeias, que foram utilizados na arquitetura brasileira nos séculos XVII, XVIII e XIX. Já o artista plástico Fábio Carvalho, entre as diversas exposições individuais e coletivas das quais participa, no Brasil e no exterior, se tornou um especialista na identificação de azulejos históricos, com particular interesse pelos que ainda podem ser vistos na capital carioca, que ele divulga nas publicações seu blog “Azulejos Antigos no Rio de Janeiro”. Esse foi o fio condutor de sua seleção, que priorizou os revestimentos que remetem às produções do século XIX ou primeiros anos do século XX, observadas por ele em fachadas ou paredes internas de construções da cidade, seja pessoalmente, ou por fotos antigas. Desejamos a todos uma viagem inesquecível pelo mundo da arte azulejar!