Ponto turístico é um dos locais mais visitados da cidade. São 215 degraus que nunca foram catalogados e ninguém sabe, exatamente, quais são as peças que fazem parte da escada.
Um grupo de guias de turismo e comerciantes da Lapa, na região central do Rio de Janeiro, se juntou para arrecadar fundos e mapear o acervo da escadaria Selarón. A obra, do artista chileno Jorge Selarón, conta com milhares de azulejos de todo o mundo. O ponto turístico é um dos locais mais visitados da cidade.
Mesmo tombada por interesse histórico, a escadaria não tem sido cuidada desde que o criador morreu, em 2013. Só o artista plástico conhecia cada um dos dois mil azulejos. Há peças de 60 países diferentes.
São 215 degraus que nunca foram catalogados e ninguém sabe, exatamente, quais são as peças que fazem parte da escada. Alguns pedaços sumiram ao longo dos anos e outros apareceram do nada.
“Se não for cuidado, vai se degradar de uma maneira tal que acaba voltando ao que era antes. Então, a preocupação inicial é restaurar e preservar a escadaria”, explicou Arnaldo Bichucher.
Escadaria Selarón é um dos pontos mais visitados do Rio de Janeiro — Foto: Reprodução/ TV Globohttps://94481af4d433e71c20b15c1423bd531f.safeframe.googlesyndication.com/safeframe/1-0-37/html/container.html
O projeto “Selarón, pedaços do mundo”, foi criado para investir no conhecimento de cada canto e garantir a preservação.
“Já estamos no terceiro prefeito, que nada fez além do decreto falando que aqui era importante. A gente decidiu pegar essa missão de fazer uma ação em que o poder público se omitiu”, ressaltou André Andion Ângulo, diretor do projeto
O projeto foi escolhido pelo BNDES para um Matchfunding, uma espécie de “vaquinha virtual” em que, a cada um real doado por uma pessoa, o banco dá o dobro. A meta é juntar R$ 131 mil para mapear a escada e fazer um inventário. A campanha acontece até o dia 1º de dezembro.
“Fica o apelo para todos que são direta ou indiretamente relacionados ao turismo no Rio de Janeiro que participem dessa campanha. Pessoas físicas e jurídicas. Pois só assim vamos comprovar o interesse coletivo, a responsabilidade social para um bem que é o terceiro lugar mais visitado na cidade do Rio de Janeiro”, ressaltou Bichucher.
A Secretaria de Conservação disse que está fazendo um levantamento das necessidades da escadaria para programar uma ação de manutenção e reparo nas peças que estiverem faltando.
Fonte: G1